Ayahuasca

Ayahuasca

Ayahuasca, Daime ou Vinho das Almas, é o líquido resultante da decocção de duas plantas de poder: o Jagube (Banisteriopsis caapi), que é um cipó, e a Chacrona ou Rainha da Floresta (Psycotria Viridis), que é um arbusto. Um dos componentes da Ayahuasca é o Dimetiltriptamina ou simplesmente DMT. Uma substância que contenha DMT, para ser enquadrada como droga, dentro das leis científicas atuais, precisa conter 2 % de DMT. No caso da ayahuasca, esse percentual é 0,02 %, ou seja, 100 vezes menor do que a taxa mínima necessária para que a substância seja classificada como droga. Pesquisas de cunho científico, realizadas por grandes autoridades mundiais em toxicologia, etnobotânica, psiquiatria e psicofarmacologia, como os Drs.RICK STRASSMAN e CHARLES GROBB, comprovaram que a ayahuasca não é uma droga, não entorpece, não causa qualquer padrão de dependência, abuso, overdose ou síndrome de abstinência, e que, principalmente, não foi observado o surgimento de qualquer tipo de distúrbio mental posteriormente ao uso da ayahuasca. Nessa pesquisa, também foi constatado que a dose letal da ayahuasca (quantidade a ser ingerida por um organismo para que ocorra o risco de óbito) é de 7,8 litros, muito próximo à dose letal da água, que é de 10 litros; embora seja impossível uma pessoa ingerir 1 litro que seja de uma só vez. Quanto aos testes psiquiátricos, foram aplicados aqueles recomendados pela ortodoxia cientifica: o CIDl (Composite International Diagnostic Interview) com os critérios do CID 10 e DSM IIIR. c o TPQ (Tridimensional Personality Questionnaire). Constatou-se sobre os dois grupos separados para esta pesquisa científica (grupo dos “usuários de ayahuasca ” e grupo dos ” não usuários de ayahuasca “) , que: Os integrantes do grupo usuário de ayahuasca, em relação ao grupo de não usuários, mostravam-se mais reflexivos, resistentes, leais, estóicos, calmos, frugais, ordeiros e persistentes, além de mais confiantes, otimistas, desinibidos, despreocupados, dispostos e enérgicos. Exibiram também alegria, determinação e confiança elevada em si mesmo.”



Benefícios da Expansão da Consciência com o uso ritualizado da ayahuasca



Alinhamento e abertura dos chacras (retirada de bloqueios emocionais e energéticos) e acesso a conhecimentos. Existem muitas técnicas e rituais para se chegar aos estados mais profundos da consciência, como tambores, danças, jejuns, respirações, posturas corporais, etc. Com o uso de ayahuasca esse caminho é rápido. A ayahuasca abre os chacras, expande a consciência e, com maior consciência, passamos a agir. Com mais velocidade ocorre o nosso crescimento espiritual e, conseqüentemente todo o resto pode ocorrer: crescimento material, profissional e tudo o mais que desejamos em nossa vida.


Importante Saber

No I CONGRESSO INTERNACIONAL DA AYAHUASCA, ocorrido em novembro de 1992 em Rio Branco (Estado do Acre), foi elaborada uma Carta de Princípios para a utilização da ayahuasca, que define importantes diretrizes como:

Do preparo e do uso da Ayahuasca:A Ayahuasca é um produto da união do Banisteriopis Caapi (mariri ou jagube) e da Psychotria Viridis (chacrona ou rainha), fervidos em água. Seu uso, que é tradicional entre os povos da Amazônia, deve ser restrito, nos centros urbanos, aos rituais religiosos autorizados pelas direções das entidades usuárias, em locais apropriados, sendo vedada a sua associação a substâncias proscritas.
Dos rituais religiosos: Respeitada a liturgia de cada uma e tendo em vista as peculiaridades do uso da Ayahuasca, as entidades se comprometem a zelar pela permanência dos usuários nos locais dos templos enquanto estiverem sob o efeito do chá.
Do plantio e cultivo: As entidades têm direito ao plantio e cultivo dos vegetais necessários à obtenção da bebida, em face à depredação do habitat natural onde eles se encontram mais acessíveis.

Dos cuidados e restrições:



Comercialização: As entidades comprometem-se a não comercializar a Ayahuasca, mesmo a seus adeptos, sendo seus custos de produção, transporte, estocagem e distribuição às filiais de responsabilidade do Centro.
Curandeirismo: A prática do curandeirismo, proibida pela legislação brasileira, deve ser evitada pelas entidades signatárias. As propriedades curativas e medicinais da Ayahuasca – que essas entidades conhecem e atestam – requerem uso adequado e devem ser compreendidas do ponto de vista espiritual, evitando-se todo e qualquer alarde publicitário que possa induzir a opinião pública e as autoridades a equívocos.
Pessoas incapacitadas: Será vedada terminantemente a participação nos rituais religiosos, bem como o uso da Ayahuasca, às pessoas em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias proscritas (alucinógenas). A participação de menor de idade só será permitida com a autorização dos pais ou responsáveis.
Da difusão de informações: Grande parte das controvérsias e contratempos em torno do uso da Ayahuasca – inclusive junto às autoridades constituídas, decorre dos equívocos difundidos pelos veículos de comunicação. Isso impõe da parte das entidades usuárias especial zelo no trato das informações em torno da Ayahuasca, sendo indispensável:
Que cada instituição, ao falar aos veículos de comunicação, esclareça obrigatoriamente sua entidade, ressaltando que não fala pelas demais entidades usuárias.
Que cada instituição restrinja a pessoas experientes de sua hierarquia o direito de falar aos veículos de comunicação, tendo em vista os riscos decorrentes da difusão inconseqüente do tema, por parte de pessoas com ele pouco familiarizadas.
Quando estiver em pauta um tema comum às instituições usuárias, deve-se buscar entendimento prévio em torno do que será difundido, de modo a resguardar o interesse geral e a correta compreensão dos objetivos de cada uma.